quarta-feira, 4 de agosto de 2010

E Essa Ansiedade Que Não Passa?!?



Alguns bebem, outros comem, outros fumam. A ansiedade está por todo lado. Em cada olhar aflito, em cada unha roída, em cada tremedeira e nas batidas rápidas do coração. Geralmente, ela não é das melhores sensações a se ter, mas, acreditem se quiser, ela tem seu lado bom.
Para podermos entender o que é ansiedade na psicanálise, precisamos saber que uma das coisas que rege o nosso psiquismo é o chamado Princípio de Prazer. É simples: a mente tenta sempre buscar o prazer e evitar o desprazer e, para isso, utiliza diversos mecanismos. Agora sim, vamos à origem.
Existem duas situações às quais a ansiedade se relaciona: situações traumáticas e situações de perigo.
Podemos dizer que as situações traumáticas são aquelas em que a psique recebe uma quantidade muito grande de estímulos e não consegue descarregá-los nem dominá-los, desenvolvendo então a ansiedade. Um exemplo clássico: o bebê com fome na ausência da mãe - ele não consegue obter prazer sozinho, satisfazer seu desejo de alimentar-se, então, sua mente é invadida por estímulos que não são nem descarregados nem dominados.
As situações de perigo se dão ainda antes disso. É quando agimos com ansiedade a fim de antecipar o início de uma situação traumática e evitá-la antes mesmo que ela se torne traumática, o que pode ser chamado de "ansiedade de alarme". No caso do bebê, a ausência da mãe cria uma ansiedade por ser uma situação de perigo pois, se ele tiver fome e ela não estiver presente, isso se tornará uma situação traumática.
Ou seja, o Ego sempre reage com ansiedade diante de uma situação de perigo para evitar situações traumáticas pois, assim, gera menos desprazer à psique.
A ansiedade serve como uma força para o Ego dominar as pulsões ("instintos").
Portanto, há uma grande importância dessa emoção na vida psíquica de uma pessoa. Se não nos sentíssemos aterrorizados com nada, não iríamos sobreviver.